Publicado em 21 de outubro de 2014
Uma chuva forte, entre as 22h de domingo (19) e as 5h desta segunda-feira, ajudou a controlar as frentes de fogo de difícil combate no Parque Nacional (Parna) da Serra dos Órgãos, na região serrana do Rio de Janeiro.
“Os incêndios caminham hoje para a extinção, mas, para afirmar que o fogo está controlado, ainda é necessário fazer sobrevoos de monitoramento nos horários mais quentes do dia, que irão acontecer hoje entre as 11h e as 15 h”, explicou o coordenador de Emergências Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Christian Berlinck, após receber os primeiros informes do sobrevoo do helicóptero do Ibama nesta manhã.
O combate ao fogo no Parna da Serra dos Órgão vem sendo realizado por brigadistas do ICMBio e do Prevfogo/RJ, do Ibama, e já dura 13 dias, desde terça-feira (7). No total, envolveu 129 pessoas, entre equipes de apoio operacional e combatentes.
Segundo a estimativa consolidada no final da tarde do último domingo, 1.550 hectares de área com vegetação nativa de mata atlântica foram atingidos pelo fogo no parque, em Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim.
No domingo, antes da chuva, a equipe do ICMBio e do Ibama enfrentou um dos momentos mais críticos do combate ao fogo. O clima seco, quente e com ventos provocou o avanço do incêndio pelos campos de altitude, atingindo a Travessia Petrópolis-Teresópolis, um dos cartões-postais do parque. As chamas foram controladas pelas brigadas federais na região do Portal de Hércules, a 2.100 metros de altitude. Se avançasse daquele ponto, o fogo chegaria ao Vale da Morte, onde há um remanescente de mata que abriga um dos últimos grupos de muriquis da região serrana, entre outras espécies ameaçadas de extinção.
As perdas na região atingida pelo fogo no Parna da Serra dos Órgãos ainda são desconhecidas em termos de biodiversidade, porque se trata de um ecossistema rico em endemismo, com diversas espécies da flora e da fauna que só existem naquele local. “Estamos nos articulando com vários centros de pesquisa para começar o mais rapidamente a estudar o impacto sofrido pelo ambiente, principalmente na Travessia Petrópolis-Teresópolis, para avaliar a necessidade ou não de se fechar provisoriamente o acesso e permitir-se uma melhor regeneração da vegetação”, explicou o chefe do Parna da Serra dos Órgão, Leandro Gullart.
Fonte: Ibama
Observação: O conteúdo publicado neste espaço tem caráter meramente informativo, não representando, necessariamente, o posicionamento do Milaré Advogados.
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