Qual é a origem do Carnaval?
No mais das vezes considera-se que essa festa, a mais tradicional do Brasil, começou na Idade Média, com características herdadas de festas populares bem mais antigas.
Do mesmo modo que o Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, substituiu a comemoração pagã que cultuava o sol (Sol Invicto), o carnaval, por desígnio da Igreja sediada em Roma, começou a ser festejado três dias antes da Quarta-Feira de Cinzas, início da Quaresma, tempo de penitência, arrependimento dos pecados e abstenção de carne, em todos os sentidos.
Daí o termo carnaval, isto é, um viva! à carne, ao prazer, à alegria liberada.
Nos seus primeiros tempos, foi uma subversão da ordem, que a Igreja não conseguiu deter. No Brasil, no século 19, a festa se manifestava com o entrudo, dias em que, a par da festança, havia mesmo a possibilidade de alguma mistura de classes sociais, em que o próprio escravo se via como igual ao seu dono, até certo ponto. O senhor relaxava, então…
Fato é que o Carnaval foi necessário e continua sendo, sobretudo neste tempo de um mundo conturbado por duas guerras e em que a própria natureza, com enchentes, clima com temperaturas assustadoramente extremas, etc., parece dar um basta aos desatinos diante das agressões contra ela que continuam se repetindo desde muito tempo.
Impossível negar a importância do Carnaval, primeiramente para a felicidade do ser humano. Para a nossa economia, o Carnaval é um sucesso; viaja-se, o turismo é extraordinariamente incrementado, gasta-se com fantasias, os que não participam da festa nesses dias aproveitam para o lazer, indo a restaurantes, ao cinema, ou curtindo o descanso – três dias! – desde muito almejado. Sem contar que o Carnaval gera inúmeros empregos. E a música popular, sobretudo o samba, torna-se o tempero para essa grande festa popular. E destaca-se também a cultura brasileira, que comparece com enredos que se desenrolam muitas vezes como verdadeiras óperas feitas pelo povo. Muito de nossa história, com fatos relevantes, tem sido lembrado em enredos, dando ao Carnaval uma feição genuinamente didática.
Os blocos, que já há algum tempo vêm tendo um número extraordinariamente crescente sobretudo em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, mostram a capacidade de nossa de socialização. Contudo, nem tudo é somente folia. Há um aspecto que deve ser considerado nesses eventos que é a geração de resíduos, o que demanda não apenas um reforço das administrações locais nesse período, mas uma atitude mais consciente dos foliões.