Em 2015, a UNESCO designou o dia 26 de julho para a conscientização a respeito da importância dos manguezais e de sua conservação. Os manguezais, biomas costeiros típicos das regiões tropicais e subtropicais do mundo, se caracterizam pela vegetação tolerante à salinidade. Sua vegetação protege a zona costeira, agindo como um anteparo natural que amortece a força dos ventos e das marés, e suas raízes defendem contra a erosão costeira. O processo de fotossíntese captura gás carbônico da atmosfera e gera oxigênio.
Também se colocam como incubadoras e habitat de espécies de peixes, crustáceos e moluscos, sustentando a pesca tanto de subsistência quanto comercial e contribuindo para a segurança alimentar e econômica. Seus processos biológicos filtram poluentes das águas pluviais e agem no ciclo de nutrientes, capturando e realocando matéria orgânica, aumentando a disponibilidade de nutrientes dos ecossistemas marinhos.
Com quase 1,5 milhão de hectares de manguezais, o Brasil é o segundo país que mais abriga esse tipo de bioma, que está presente em todos os estados costeiros, exceto o Rio Grande do Sul. Os manguezais são relativamente resistentes, mas não deixam de ser vulneráveis a ameaças tanto antigas, como a expansão urbana e a poluição, quanto novas, como a elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos.
Estima-se que, desde o começo do século 20, tenham sido perdidos 25% dos manguezais brasileiros. Para conservar a área remanescente, são adotados diversos programas, entre eles o estabelecimento de reservas extrativistas – RESEXs, áreas protegidas que têm por objetivo salvaguardar as práticas dos povos tradicionais e, ao mesmo tempo, impedir a degradação por partes não pertencentes à comunidade.
#protecaoambiental #meioambiente #direitoambiental #biomas
