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Fórum Econômico Mundial 2024: Riscos Ambientais e Enfrentamento

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Foi divulgada, em 10 de janeiro, a edição 2024 do Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial, um documento elaborado anualmente desde 2006 para informar a tomada de decisões durante o evento, um dos principais pontos focais para tomada de decisões e formulação de políticas, reunindo líderes políticos, empresariais, comunitários e outros para a discussão de fatos que afetam o planeta como um todo.

O novo Relatório – que aponta as principais preocupações dos seus milhares de entrevistados nos horizontes de um ano, dois anos e dez anos – destaca, como em anos anteriores, mas mais enfaticamente, a importância das questões ambientais para o futuro da humanidade.

A pesquisa indica que, para o ano de 2024, a maior preocupação do público-alvo se refere a eventos climáticos extremos – o que não chega a surpreender, dado o fato de que o ano de 2023 foi o mais quente em mais de 100.000 anos. Em um horizonte um pouco mais extenso, abrangendo dois anos, a mesma categoria cai para a segunda posição, enquanto a décima é ocupada por outro fator de natureza ambiental, a poluição.

É no prazo mais longo que a severidade da degradação do planeta realmente se revela entre os temas que preocupam os entrevistados: dos dez riscos mais severos, cinco são de natureza ambiental e, deles, quatro (eventos climáticos extremos, alterações críticas dos sistemas planetários, perda de biodiversidade e colapso ecossistêmico, e escassez de recursos naturais) ocupam as posições mais elevadas do ranking.

O Relatório dedica todo o seu capítulo 2.3 ao panorama que a humanidade enfrentaria em um mundo 3oC mais quente do que a média pré-industrial. Nesse cenário, as mudanças climáticas causariam alterações planetárias irreversíveis e às quais a adaptação seria difícil, quando não impossível. Mas, a despeito da gravidade dos riscos adiante, o relatório não é pessimista e o mesmo capítulo, entre outros pontos do texto, indica caminhos que, na opinião dos entrevistados, poderiam levar a uma rota mais segura: um deles envolve a “tradução” do conhecimento científico em formulação de políticas eficazes; outro, o uso de tratados e acordos internacionais para prevenir contra um aprofundamento da crise; finalmente a formulação e aplicação de regulamentos nacionais e regionais para abordar aspectos de alcance mais localizado.

Referências: https://www.weforum.org/publications/global-risks-report-2024/
https://www.weforum.org/agenda/2024/01/global-risk-report-2024-risks-are-growing-but-theres-hope/
https://www.wwf.eu/?12625966/Climate-change-and-nature-loss-pose-greatest-risks-for-humanity-WEF-Global-Risk-Report-2024

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