O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, destaca a importância da maior floresta tropical do mundo e serve como um lembrete da necessidade urgente de preservação desse ecossistema vital. A data – escolhida em 2007 em homenagem à criação da Província do Amazonas em 1850, por D. Pedro II – se torna cada vez mais relevante frente aos crescentes desafios impostos à região pelas mudanças climáticas.
A perda de biodiversidade e a fragmentação de habitats são algumas das diversas consequências graves dessas mudanças, que também afetam a segurança alimentar e a saúde das comunidades tradicionais. A proliferação de doenças e a migração forçada em busca de melhores condições de vida são outros desafios adicionais impostos por essas mudanças.
A Amazônia desempenha um papel global significativo, regulando o clima e abrigando uma biodiversidade imensa, além de ser essencial para a produção de água doce e para o equilíbrio climático em toda a América do Sul. Mas a situação da região, que historicamente enfrenta problemas como desmatamento, queimadas e exploração ilegal, se mostra agravada por secas extremas e incêndios, que estão se tornando cada vez mais frequentes e severos devido às mudanças climáticas – segundo o INPE de 1,º de janeiro até o fim de julho de 2024, foram registrados mais de 20 mil focos de incêndio na Amazônia, o maior número de ocorrências desde 2005.
O ano de 2023 marcou recordes de seca para a região, e o comportamento do clima desde então sugere que a estiagem será ainda mais grave no ano corrente. Rios da bacia amazônica estão apresentando níveis perigosamente baixos, prejudicando o transporte e o abastecimento das comunidades ribeirinhas, muitas das quais somente podem ser alcançadas por via fluvial. A combinação de altas temperaturas e chuvas abaixo da média histórica afeta drasticamente a disponibilidade de água, com consequências graves e diretas para a biodiversidade, a agricultura e a saúde das populações locais.
Os impactos das mudanças climáticas são múltiplos e interligados. As secas prolongadas reduzem a disponibilidade de água e afetam a agricultura, enquanto inundações causadas por chuvas intensas danificam a infraestrutura e afetam áreas urbanas e rurais. O aumento das temperaturas contribui para a intensificação de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e secas severas. Efeitos secundários da modificação do ciclo hidrológico regional, como a acidificação dos rios, por exemplo, comprometem a vida aquática e os ecossistemas.
REFERÊNCIAS
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/dia_da_amazonia/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-08/hoje-e-dia-amazonia-mulher-indigena-e-independencia-sao-destaques
https://www.greenpeace.org/brasil/imprensa/numero-de-queimadas-na-amazonia-em-2024-ja-e-o-maior-para-o-periodo-em-quase-duas-decadas/
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